Walter Portella

Ator e diretor de teatro. Fez oficina Antunes Filho e, em seguida, é convidado a integrar o grupo que pesquisaria e adaptaria para o teatro a obra de Macunaíma, de Mário de Andrade. Um ano depois, esse trabalhou resultou no espetáculo de mesmo nome que revolucionou o teatro nacional e internacional. É um dos fundadores do grupo Pau-Brasil (1978), atualmente Grupo de Teatro Macunaíma. Desde então, dedica-se inteiramente ao teatro de pesquisa.

Participou como ator, de 1978 a 1994, em todos os espetáculos dirigidos por Antunes Filho, bem como de todo o processo de pesquisa teatral do CPT - Centro de Pesquisa Teatral. Hoje também coordena e ministra workshops.

Alguns de seus trabalhos

No Cinema

Como ator, participou de cerca de 15 filmes nacionais: O dia das Profissionais, Eu Faço Elas Sente, D`gajão-lê rom benguesque, Meu nome é Tonho, Caigangue. Recentemente atuou em filmes de média metragem: Nocaute, Pixaim, e Amigo Segreto.

Participou das filmagens dos longa metragem Hans Staden, de Luis Alberto Pereira, Nina, de Heitor Dhalia e Boleiros 2.

Na televisão

Tchan a Grande Sacada, TV Tupi de São Paulo (1977)

Uma janela para o Céu, direção do Piá, TV Record (1997)

No teatro

Crepúsculo, Texto e Direção Mauricio Marques

A Louca de Chaillot, de Jean Giraudoux, Direção Ruy Cortez (2006)

Camino Real, de Tennessee Williams, Direção Nelson Baskerville (2007)

Ibicaba, A Terra Prometida, de Roberto Vignatti, Direção Roberto Vignatti (2008)

Lílian Blanc

Formada pela escola da saudosa atriz Célia Helena, tem em seu currículo trabalhos junto a vários grupos. Convidada por Eduardo Tolentino de Araújo, diretor do Grupo Tapa, participou do elenco de Major Bárbara, A Importância de Ser Fiel, Vestido de Noiva, Rasto Atrás, Moço em Estado de Sítio. Ainda no Grupo Tapa sob direção de Silnei Siqueira, atuou em Morte e Vida Severina; com Cacá Amaral em Um Genro de Muitas Sogras e com Zécarlos Machado em O Telescópio.
No Grupo Folias D'Arte, em trabalho conjunto com o Grupo Tapa, sob direção de Marco Antônio Rodrigues, integrou o elenco de Surabaya, Johnny! onde foi indicada para o Prêmio Dança Brasil como melhor performance feminina e Happy End, peças das quais fez também a tradução e a adaptação do texto e das letras das músicas do alemão para o português. Na Visceral Cia atuou em Terrorismo. Com o grupo Arte Ciência no Palco esteve em Oxigênio, A Dança do Universo, o infantil Rebimboca e Parafuseta e com o grupo musical Palavra Cantada, sob direção de Gustavo Kurlat, Ramom e Maraó.
Participou de várias novelas da TV Globo, do especial Som e Fúria, novelas no SBT, do programa Mothern na GNT, e do Telecurso Segundo Grau da TV Cultura.

Em cinema fez vários curtas e longas metragens
As Melhores coisas do Mundo, com direção de Laís Bodanzky, a ser lançado em 2010, Ensaio sobre a Cegueira, de Fernando Meirelles, Flying Virus, de Jeff Hare (USA), Nina, dirigido por Heitor Dahlia, e Tapete Vermelho sob a direção de Luíz Alberto Pereira (Gal).

O Convite de Casamento

COMÉDIA DRAMÁTICA DESTACA
A BELEZA E A POESIA DA VELHICE

Um casal se prepara para curtir mais uma festa de casamento para a qual não foram convidados. Não encontram as chaves, enquanto procuram a chave de casa, brincam de Marlene Dietrich e Clark Gable, numa lúdica homenagem ao cinema. Se revelam humanamente falíveis e revelam histórias comuns de suas vidas. Casamento, vida, morte, aventuras, poesia, tristeza, alegria...Um caleidoscópio de emoções contadas por dois clows, Marlene e Amadeo. É para emocionar, divertir e pensar....

Histórico
Esta peça foi lida inicialmente no Projeto Letras Em Cena, no MASP, em São Paulo, em 2008. Por Walter Portella e Maria do Carmo Soares...Depois, no Teatro Garagem, também em São Paulo, com Walter Portella e Nyerce Levin...Em julho e agosto de 2009, esteve em cartaz no Teatro Augusta, em São Paulo, com Lilian e Walter. Agora, realiza excursão pelo interior do Estado de São Paulo e Minas Gerais, além de apresentações especiais em São Paulo, em vários teatros.

O CONVITE DE CASAMENTO, de Clóvys Tôrres, um casal de idosos, fanáticos por festas de casamento para as quais não são convidados, se utilizam de figuras como Clark Gable e Marlene Dietrichi para falar das emoções mais cotidianas e profundas da vida. Enquanto tentam sair do apartamento para curtir mais uma festa de casamento, sem convite, eles vivenciam situações cômicas com um filho que não os deixa em paz e com um porteiro que não pára de ligar no interfone e nos telefones... Nesta procura pela chave da porta que perderam pela milésima vez, eles revivem cenas de suas vidas. Com humor ácido, com inteligência e poesia, se revelam dois românticos que buscam viver com profundidade suas vidas, passando a vida de casal a limpo, numa verdadeira declaração de amor à vida. “Eu sou imorrível. Como é que duas pessoas como nós podem morrer? Me responda: Clarck morreu?” Pergunta Amadeo. Um jogo teatral, lúdico, cômico que apresenta dois clowns à beira dos 80 anos de vida, representado por dois grandes atores que juntos somam quase oitenta anos de prática teatral nos palcos do Brasil: Walter Portella, primeiro ator de Antunes, com quem trabalhou quase 20 anos. Lílian Blanc, grande dama do Grupo TAPA, com quem trabalhou mais de uma década. Uma história para divertir, para emocionar e pensar, pontuando lágrimas com muitos sorrisos e gargalhadas. Um espetáculo para toda a família.


Nota do autor e diretor

Sempre tive uma curiosidade maior pela velhice. Normalmente os idosos são pessoas que têm muito o quê contar e observar sobre a vida. Há oito anos pesquiso mais organizadamente este tema e observo velhos à minha volta Mas meus avós sempre foram figuras especiais na minha vida... Portanto, desde de sempre me rodearam com suas observações... Não sei nem explicar a razão desta curiosidade, mas é fato que O CONVITE DE CASAMENTO é minha terceira peça sobre idosos. A primeira, MARIA MUCUTA, abordava a morte de forma poética e faz parte do meu repertório de ator... há oito anos. A segunda, GERALDO DE SAUDADES, está prestes a ganhar vida nos palcos. E O CONVITE DE CASAMENTO se mostra patética, poética, triste, mas sublime. E ainda tenho na manga dois atores brilhantes. Uma honra contar com esta equipe: Walter Portella e Lílian Blanc. Que as cortinas se abram!
Clóvys Tôrres